O Brasil está em constante desaceleração no registro de novos casos de coronavírus. Conforme pesquisa do EPICOVID19-BR, estudos entre 27 e 30 de agosto na quarta fase da análise registraram que o maior percentual de infecções atualmente encontram-se nas regiões Norte e Nordeste do país. Apesar da diminuição do ritmo, a pesquisa demonstrou que Juazeiro do Norte figura em primeiro lugar na lista de cidades brasileiras que tem maior incidência de pacientes infectados por Covid-19 atualmente.
A pesquisa, divulgada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), confirmou que na quarta fase da EPICOVID19 houve interiorização da pandemia no Brasil. No perfil das cidades mais afetadas, há prevalência das cidades cearenses de Juazeiro do Norte (8%) e Sobral (7,2%), além de Quixadá (5,2%) Iguatu (4%), que figura em 11º lugar na lista. No Top 10 ainda estão os municípios de Santarém (PA), Altamira (PA), Lábrea (AM), Cruzeiro do Sul (AC), Breves (PA), Imperatriz (MA) e Itabuna (BA).
Juazeiro do Norte atualmente registra, segundo boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde desta quinta-feira (16), 14.931 casos de Covid-19, sendo 29 hospitalizados, 723 em isolamento domiciliar, 13.903 que já estão recuperados, e 276 óbitos. Sobral registra 11.514, com 308 óbitos, Crateús com 3.870 pacientes infectados, sendo 69 óbitos, Quixadá com 3.584 casos e 77 óbitos, bem como Iguatu com 2.954 pacientes com coronavírus, sendo que 76 destes vieram a óbito.
Fortaleza permanece com o maior número de registros desde o início da pandemia no Ceará, com 48.036 casos de Covid-19, e 3.833 óbitos contabilizados, segundo o IntegraSUS.
Mudanças
Ainda segundo a pesquisa, houve mudança no padrão etário dos infectados entre junho e agosto. Agora, a pandemia cresceu mais nas crianças e nos idosos e caiu entre adultos, que inicialmente eram mais afetados. As altas prevalências em crianças brasileiras difere do que tem sido relatado em outras regiões do mundo, como a Europa e a China.
Também foi confirmada maior chance de infecção nos pretos e pardos, já identificada nas fases anteriores. Com a redução da pandemia na Região Norte, a prevalência entre indígenas registrou maior queda. Pessoas cujas famílias se encontram entre as 20% mais pobres da população, em todas as fases do estudo, apresentam prevalência mais de duas vezes superior à observada entre os 20% mais ricos.
Segundo eles, o encolhimento da pandemia é marcado pela redução da população que apresenta anticorpos. “Ao contrário do que se pensava no início, os anticorpos detectáveis pelo teste duram apenas algumas semanas. Isso vem acontecendo em diversos países, com distintos tipos de testes de anticorpos, e não somente com testes rápidos como o utilizado no Epicovi-19”, ressaltam.
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